ESCOLHAS

Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. (Lc 10:40-42).

É nítido o conflito de interesse entre as irmãs Marta e Maria. Foi Marta que recepcionou Jesus na entrada da sua casa, mas logo em seguida ela se perderia nas suas escolhas. Enquanto Marta escolhia executar muito serviço, sua irmã Maria se jogava aos pés de Jesus e aproveitava cada segundo daquela maravilhosa visita. Maria havia escolhido a melhor parte.

Sempre que leio esse texto fico reflexivo sobre a seguinte pergunta: Será que estamos fazendo boas escolhas? Escolhemos fazer primeiro as tarefas do dia por entender que elas são importantes e prioritárias. Assumimos o papel de Marta quando priorizamos deixar as coisas terrenas em ordem (serviço) para depois desfrutar das coisas espirituais (comunhão com Deus). Enquanto tentamos vencer nossas lutas com a força do braço, Jesus nos convida a parar alguns minutos para meditar em sua palavra. Orar (falar com Deus) e ler a bíblia (ouvir a voz de Deus) sempre foi a prioridade e Maria sabia disso.

Você pode levantar da cama, tomar banho e partir para o trabalho onde muitas atividades esperam por você. Mas você também pode parar alguns minutos antes ou depois dessa rotina e separar um tempo para sua comunhão com Deus. Lembre-se apenas que uma parte é melhor do que a outra. Você decide.

Boas escolhas são aquelas que lhe trazem benefícios nessa vida e na eternidade. Nesse caso, eu convido você a escolher tudo aquilo que aproxima você de Jesus Cristo.

Lembre-se, quando você escolher a boa parte (Jesus), nada ou ninguém poderá tirar isso de você (salvação).

Pr. Marcelo Medeiros.

ONDE DEUS HABITA

Estudando a bíblia é possível acompanhar as mudanças conceituais a respeito da morada de Deus. No antigo testamento, a partir do reinado de Davi e seu filho Salomão, é visível a transição entre o Tabernáculo e o Templo. O tabernáculo era uma tenda portátil que os israelitas carregaram nos 40 anos de vagueações no deserto e durante seus anos na terra prometida até que Salomão construiu o primeiro templo.

O tabernáculo simbolizava a presença de Deus entre o seu povo e de tempo em tempo, o Senhor descia entre eles e falava com o seu povo (Êxodo 25:8,22) pois foi esse o objetivo da sua construção. Mas Davi, durante o seu reinado, sentiu a necessidade de construir um templo para guardar a arca do concerto. Sair do tabernáculo (estrutura móvel) para um templo (estrutura fixa) foi uma mudança de paradigma. E essa mudança de conceito influenciou toda a história do cristianismo.

O templo foi idealizado por Davi (I Crônicas 17) mas não era essa a ideia original de Deus. Ao que parece, uma estrutura fixa para “abrigar” um Deus tão poderoso e ilimitado em ações, poder e glória foi questionado pelo próprio Deus conforme os versos abaixo: Vai, e dize a Davi meu servo: Assim diz o Senhor: Tu não me edificarás uma casa para eu morar; porque em casa nenhuma morei, desde o dia em que fiz subir a Israel até ao dia de hoje; mas fui de tenda em tenda, e de tabernáculo em tabernáculo. (1 Crônicas 17:4,5).

Apesar da insistência de Davi, Deus não permitiu que ele construísse o templo. Essa missão ficou para o seu filho Salomão (II Crônicas 3). Uma construção linda e grande, digna de um rei.

A construção do templo alterou o entendimento do povo a respeito da habitação de Deus. Se você perguntasse a alguém, naquela época, onde Deus habita? A resposta seria o templo. Esse entendimento se perpetuou por muitas gerações e mudou a forma de se relacionar e adorar a Deus. Agora, por falta de sabedoria humana, Deus estava “preso no templo”. Fora do templo não havia adoração. Fora do templo não era possível falar com Deus. Derrubar o templo seria uma profanação pois “Deus habitava lá dentro”. O erro foi trocar o Deus do templo pelo próprio templo. Onde Deus habita? A resposta para essa pergunta é simples. Ele habita em você. Esse sempre foi o desejo Dele. Você é o templo do Espirito Santo.

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado. (1 Coríntios 3:16,17).

A ideia de “um Deus preso no templo” ainda existe entre nós. Há um forte misticismo sobre esse tema no meio religioso. Recentemente, fizeram uma réplica do templo de Salomão em São Paulo e eu me perguntei: Qual o objetivo disso? 

Se Deus não habitar em nós, então não faz nenhum sentido que Ele habite em qualquer outro lugar.

Pr. Marcelo Medeiros.

SE NÃO

Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som dos instrumentos musicais, e de toda a espécie de música, para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, SE NÃO a adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro da fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, SE NÃO, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste. (Dn 3:15-18).

O termo “SE NÃO”, segundo as regras do bom português, é o resultado do uso de duas palavras: "se" (conjunção condicional), seguido do advérbio de negação "não". Equivale à expressão "se por acaso não". Nesse caso, há a expressão clara de uma condição na negativa.

Sadraque, Mesaque e Abednego estavam diante do maior desafio de suas vidas. A ordem do Rei Nabucodonosor era muito clara. Ao som dos instrumentos musicais, todos deveriam se prostrar a sua estátua. E se não o fizesse, eles morreriam queimados na fornalha. Os três jovens disseram ao Rei que Deus poderia os livrar da fornalha, e se não o fizesse, eles escolheriam o martírio, mas não se submeteriam a nenhuma apostasia. Judá estava perdida em sua idolatria imposta pelo governo. Se dobrar aos pés da imagem poderia garantir vida fácil aos seguidores. Mas rejeitar essa ordem poderia custar muito caro aos “rebeldes”.

Muitos anos já se passaram e essa linda história continua sendo compartilhada e pregada entre os homens. O desfecho final foi lindo e contou com um milagroso livramento da parte de Deus em favor dos jovens. Mas foi preciso conviver com um “SE NÃO”. Para Sadraque, Mesaque e Abednego o “SE NÃO” representava uma condição negativa. Mas essa condição não seria capaz de alterar os fundamentos da Fé, ainda que nada a favor deles acontecesse.

A vida vai te cercar de muitos SE NÃO. A resposta que você der a cada um deles determinará os próximos passos no seu relacionamento com Deus. Compartilho com você essa linda cação. Ouça e seja ministrado pelo Espirito Santo.

https://youtu.be/GD9BeVw_1WA

Eu não vi o mar se abrir

Eu não vi o coxo andar
Também não vi gigante cair
Mas escolhi confiar

Pr. Marcelo Medeiros

DEUS SE IMPORTA COM AS SUAS PERDAS

E disseram os filhos dos profetas a Eliseu: "Como vês, o lugar onde nos reunimos contigo é pequeno demais para nós. Por que não vamos ao rio Jordão? Lá cada um de nós poderá cortar um tronco para construirmos ali um lugar de reuniões". Eliseu disse: "Podem ir". Então um deles perguntou: "Não gostaria de ir com os teus servos? " "Sim", ele respondeu. E foi com eles. Foram ao Jordão e começaram a derrubar árvores. Quando um deles estava cortando um tronco, o ferro do machado caiu na água. E ele gritou: "Ah, meu senhor, era emprestado! " O homem de Deus perguntou: "Onde caiu? " Quando ele lhe mostrou o lugar, Eliseu cortou um galho e o jogou ali, fazendo o ferro flutuar, e disse: "Pegue-o". O homem esticou o braço e o pegou. (2 Reis 6:1-7).

Depois de Elias, Eliseu tornou-se o presidente da escola dos profetas de Israel. Os discípulos dos profetas eram chamados de seus “filhos”, o que explica a palavra no verso 01. Seu ministério durou aproximadamente 50 anos e ele foi o profeta mais ousado da história de Israel.

A vida de Eliseu era cheia de aventuras com Deus. Nesta passagem encontramos um grupo de profetas que estava construindo uma nova tenda para abrigar todos os novos “filhos” ou discípulos. Um deles deixa cair a parte de ferro do machado na água e fica chateado pois era emprestado. Eliseu responde tomando um galho e jogando-o na água onde o ferro caiu. O ferro imediatamente flutuou para a superfície.

Honestamente, quando você lê esta história pela primeira vez, ela parece não ter nenhum sentido, mas há muito a aprender com esta história. Deus se importa com o que você perdeu. Nenhuma preocupação é tão pequena para o nosso Deus, mesmo um ferro de machado perdido. Ele se importa com as suas perdas.

O que você perdeu? Seu emprego? Uma bênção? Um relacionamento? Sua paz? Sua segurança financeira? Sua reputação ou algo mais? A boa notícia é que Deus realmente se importa com o que quer que você tenha perdido e pode ajudá-lo a recuperar isso. Deus pode ajudá-lo a encontrar o que você perdeu olhando para o lugar onde caiu. Volte para onde você saiu dos trilhos e permita que Deus te ajude a retornar ao caminho. Você pode precisar parar algo e começar a fazer alguma coisa diferente.

O ferro do seu machado não se perdeu para sempre. 

Extraído do plano de leitura bíblia ELISEU: UM CONTO DE UMA FÉ EXTRAVAGANTE – Aplicativo YOURVERSION